“Eu que não bebo queria um conhaque, pra enfrentar o inverno / Que chega pela porta que você deixou aberta ao sair”. (Eu que não amo você – Engenheiros do Hawaí).
Viu impotente sua amada arrumar as malas. Na noite anterior imaginou que seria a mesma coisa; briga, xingamentos, ameaças de separação... Todo aquele enredo que os dois já viviam já faz algum tempo.
Mas dessa vez foi diferente. O amor ruiu a descoberta da traição; não há nessa situação apenas a figura “do homem chifrudo”, há sim, o revide! Quando ela descobriu as puladas de cerca do seu amado, imaginou que era somente um “mero casinho”, afinal, era ela a mãe dos dois filhos dele; era ela quem ele abraçava e desabafava tudo o que lhe ofendia; era ela quem estava ao seu lado em momentos de extrema dificuldade como a morte dos pais dele; era ela o seu norte...
Todavia, a coisa degringolou! As traições foram ficando mais freqüentes e a situação incontrolável. Um belo dia desabafou! (...) Jogou na cara de seu companheiro tudo aquilo que sabia. A briga foi feia... E desde então, tudo que era bonito se transformou em um mar imenso de solidão e destempero.
Eis que uma bela noite, numa boate com as amigas encontrou um jovem. Uns dez anos mais novo que ela, com a vitalidade necessária para fazer aquilo que o seu companheiro já não fazia direito. Foram devidamente apresentados, o pretexto para mais a frente “se vingar”.
Mas como toda a situação de revide explicita as fragilidades do casal, ele descobriu. Através de uma ligação anônima, foi bater no motel onde os amantes encontravam-se. A surpresa do flagra vem acompanhada de um silêncio... Ele apenas viu, constatou a traição e fechou a porta.
Em casa, os dois não esboçaram uma reação... Jantaram, família reunida com todos na mesa; os filhos conversando sobre fatos ocorridos na faculdade, sobre festas, e os dois ali... Não se encaravam; a vergonha de ambos era maior que qualquer coisa.
Nesse momento, perceberam que não era exatamente a condição mutua de traição que lhes incomodava, mas sim, o comodismo que virou a relação. Há muito não se olhavam da mesma forma, cheia de paixão, tara e cumplicidade. Há tempos, o sexo não passava de mera questão física. Há tempos não realizavam saídas a bares com os amigos ou mesmo sozinhos. Há tempos não eram mais um casal...
Talvez por todos esses fatores a noite se tornou dura demais. As lágrimas silenciosas que corriam sem parar nos rostos de ambos denunciavam a situação crítica pela qual passavam, e num ultimo gesto de carinho, amor e afeto, num lance único, viram e ficaram um de frente pro outro e se beijaram... Como a muito não faziam, como nos velhos tempos, de amigos, amantes, enamorados.
Viu impotente sua amada arrumar as malas. Na noite anterior imaginou que seria a mesma coisa; briga, xingamentos, ameaças de separação... Todo aquele enredo que os dois já viviam já faz algum tempo.
Mas dessa vez foi diferente. O amor ruiu a descoberta da traição; não há nessa situação apenas a figura “do homem chifrudo”, há sim, o revide! Quando ela descobriu as puladas de cerca do seu amado, imaginou que era somente um “mero casinho”, afinal, era ela a mãe dos dois filhos dele; era ela quem ele abraçava e desabafava tudo o que lhe ofendia; era ela quem estava ao seu lado em momentos de extrema dificuldade como a morte dos pais dele; era ela o seu norte...
Todavia, a coisa degringolou! As traições foram ficando mais freqüentes e a situação incontrolável. Um belo dia desabafou! (...) Jogou na cara de seu companheiro tudo aquilo que sabia. A briga foi feia... E desde então, tudo que era bonito se transformou em um mar imenso de solidão e destempero.
Eis que uma bela noite, numa boate com as amigas encontrou um jovem. Uns dez anos mais novo que ela, com a vitalidade necessária para fazer aquilo que o seu companheiro já não fazia direito. Foram devidamente apresentados, o pretexto para mais a frente “se vingar”.
Mas como toda a situação de revide explicita as fragilidades do casal, ele descobriu. Através de uma ligação anônima, foi bater no motel onde os amantes encontravam-se. A surpresa do flagra vem acompanhada de um silêncio... Ele apenas viu, constatou a traição e fechou a porta.
Em casa, os dois não esboçaram uma reação... Jantaram, família reunida com todos na mesa; os filhos conversando sobre fatos ocorridos na faculdade, sobre festas, e os dois ali... Não se encaravam; a vergonha de ambos era maior que qualquer coisa.
Nesse momento, perceberam que não era exatamente a condição mutua de traição que lhes incomodava, mas sim, o comodismo que virou a relação. Há muito não se olhavam da mesma forma, cheia de paixão, tara e cumplicidade. Há tempos, o sexo não passava de mera questão física. Há tempos não realizavam saídas a bares com os amigos ou mesmo sozinhos. Há tempos não eram mais um casal...
Talvez por todos esses fatores a noite se tornou dura demais. As lágrimas silenciosas que corriam sem parar nos rostos de ambos denunciavam a situação crítica pela qual passavam, e num ultimo gesto de carinho, amor e afeto, num lance único, viram e ficaram um de frente pro outro e se beijaram... Como a muito não faziam, como nos velhos tempos, de amigos, amantes, enamorados.
EXTRAS:
Caros amigos esse é o meu novo espaço. Inda está em formação mais espero que gostem. Como a muito não escrevia “contos e poemas em série”, demorará um pouco para escrever num nível interessante, por isso, o comentário de você para mim é muito importante para que eu possa saber onde melhorar.
Mandem-me e-mail com sugestões de textos. Seria muito legal se todos me ajudassem na condução do blog, enviando suas sugestões de temas. O tema que virar texto terá “o mentor intelectual” citado no texto.
A partir de agora assinarei os textos com marcadores, quando verem por exemplo, o “exercício de fingimento” quer dizer que é algo fictício; ou fatos do dia-a-dia, sinalizo que tem haver com alguma observação sobre fatos reais, como o próximo texto que irei postar que é uma crítica social e um chamamento a condição de vida do morador de rua.
Lembrando que continuo escrevendo no Só Pensando. E quero agradecer publicamente ao Àtila, Keka, Valéria e Jairo por terem aceitado coordenar O Arroto, A Casa do Poeta e o Blues na Veia. Valeu mesmo!
Mandem-me e-mail com sugestões de textos. Seria muito legal se todos me ajudassem na condução do blog, enviando suas sugestões de temas. O tema que virar texto terá “o mentor intelectual” citado no texto.
A partir de agora assinarei os textos com marcadores, quando verem por exemplo, o “exercício de fingimento” quer dizer que é algo fictício; ou fatos do dia-a-dia, sinalizo que tem haver com alguma observação sobre fatos reais, como o próximo texto que irei postar que é uma crítica social e um chamamento a condição de vida do morador de rua.
Lembrando que continuo escrevendo no Só Pensando. E quero agradecer publicamente ao Àtila, Keka, Valéria e Jairo por terem aceitado coordenar O Arroto, A Casa do Poeta e o Blues na Veia. Valeu mesmo!
13 devaneios:
SEJAM TODOS BEM VINDOS!!! UM ABRAÇO E BEIJOS A TODOS.
Interessante que o corno aceitou numa boa a traição, porém, como todo e bom homem e que ainda não viveu situação parecida ou semlhante, porém, casado, acho que faria de forma diferente, por falar nisso quanto tempo o casal tem de vivência?
Muito bom o texto, uma cena cotidiana que pode ou não ter nexo a realidade, mas claramente eu faria diferente, planejaria uma vingança a altura, uma vez que, no lugar deste marido que depositará em sua conjugue seus anseios e espaços vazios.
Mas em todos os casos o exercicio do fingimento e dos acasos e acomodos da vida podem perfeitamente unir novamente este casal, talvéz, o choque da traição fosse o nescessário para a mulher sentir-se amada e o homem que tem que reconquista-la.
Valeu Daniel, agradeço pelo espaço no Arroto e pela contribuição dada nos Pensamentos Urbanos.
Vale-se dizer que não seria um caso extremo, mas ja estava sentindo falta de tuas linhas.
Um grande abraço
Não sei se vc é casado mas vejo que o texto anterior gira sobre casais oficiais.Eu não sei se este tipo de coisa pode fazer parte da realidade ou é fantasia gerada por novelas. Não importa mas sim que seus textos ficaram bem escritos e prenderam a atenção até o final.
Daniel , não vou comentar o post... não se zangue , eu li,rs.
Só quero saber quantos blogs tu vai abrir, daqui a pouco meu blogrool só tem blogs teus(exagerada).
Depois da meia noite tem um mimo para você que com certeza vai gostar... para o Só Pensando.
Sucesso e vida longa ao novo espaço.
Beijo.
Dani, tudo bem meu querido?
Volto aos poucos, palavras me convidam em formas, ler e escrever, fazendo a alma respirar e aprendendo formas de inventar novas páginas... Gosto da sua criatividade e personalidade na escrita. Portanto siga esta linha, de asas a tua imaginação... Sempre e sempre... Estou em desenvolvimento com o Jairo no blues... Chegarei lá
Beijos
Valeu Daniel!
Já tinha visto seu novo espaço antes mas só agora pude comentar.
Primeiro quero lhe dizer que seus textos fazem falta. è bom retratar o cotidiano da vida real da forma exata como ela é. Sem firulas, sem rodeios, sem clichés. Você é bom nisso. Parabéns!
Acho bacana quando não mede palavras quando tem que soltar uma merda, ou dizer que alguem fez cacá nos seus textos. Este é um bom retrato de posts verdadeiramente originais e autênticos. Vá em frente. É sua marca. Mostrar a realidade da vida e das relações entre casais.
O texto em questão reflete, a meu ver, uma história que já chegou ao fim. Qualquer casal que cai na rotina, morre. Não sobrevive, e o "chifre" rola solto. tanto para o homem quanto para a mulher é necessário que aja 'novidade' no relacionamento. Afinal, relacionamento é isso. Conhecimento de ambas as partes durante o tempo em que vivem juntos. se o cara não é bom de cama vai tomar chifre, se a mulher é fria e devagar vai tomar chifre. E quando chega a esse ponto (sem dialogo, pois o diálogo ajuda muito nestas questões) o fim está próximo.
O amor de hoje é uma utopia. A realidade do casal é feita de conveniencias e de desejos realizados.
Abraços amigo!
Hoje estive lá no SóPensando e escrevi um post. Parabéns por voltar. E se precisar de alguma ajuda minha para incrementar aqui é só falar parceiro! :)
É complicado falar sobre traição sem pintar as letras de cinza, muito embora, no seu conto, tudo acabou ficando colorido no final... Beijos meu lindo, gostei no novo espaço, já estou te seguindo.
Daniel,
É bom ler você novamente. Vou linkar neste findi. :DD
Olha, sou contra fingimentos. Não entendo esta situação que se prorroga, que envolve traições, comodismos, fingimentos.
Para mim, deu deu, não deu, não deu. Prefiro terminar um relacionamento e estar aberta e pronta para algo novo do que manter algo que não está bom só para não ficar só.
É assim que sou. Seria incapaz de estar na situação aqui descrita. Não faz parte de minha personalidade a traição.
Gostei do texto. Parabéns. :DD
Beijos
Mudar de casa é bom demais. Areja o pensamento e nos inspira para algo melhor. Adorei seu novo espaço.
Vamos linkar esse seu blog tb... e vi que o nosso blog não atualiza.
Feed é esse:
http://nectar-da-flor.blogspot.com/feeds/posts/default
Noite de luz, querido amigo.
Rebeca
-
Fabuloso o tempo ! Parabens pelo Blog novo
quanto tempo vais ficar aqui? hehehe
Daniel,
Você é mesmo um cara incrível !!!
Adoro essa capacidade plural !!!
Gostei muito do texto, que fala sobre uma realidade velada, tratada com silêncios e desculpas, mas uma verdade que está aí, nas casas, nas camas, nas ruas... bem bacana, viu ?
beijo grande
Daniel,
Você é mesmo um cara incrível !!!
Adoro essa capacidade plural !!!
Gostei muito do texto, que fala sobre uma realidade velada, tratada com silêncios e desculpas, mas uma verdade que está aí, nas casas, nas camas, nas ruas... bem bacana, viu ?
beijo grande
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