
Ser ou não ser Alice...
Quais são as questões?
Alice se sente tolhida em sua liberdade, quer cantar, gritar, pular, pintar, sem repreensões ou coisas do tipo. Acostumada a fazer o que quer não agüenta o julgo das algemas que lhe tiram o poder de criar e recriar seu mundo que é toda imagem e semelhança.
De tão peralta e arteira fez um mundo colorido com nuvens de algodão, sol de tinta guache, céu de brigadeiro, chão de alecrim e montanhas de ilusões. E quem vai repreendê-la por isso?
O mundo real não lhe cabe e vice-versa. Esse lugar comum tão sisudo, cheio de “responsabilidade” lhe cobra tempo; e há de se ter tempo pra tudo! Acorda cedo, dá banho em filho e levar pra aula, ir pro trabalho e tentar “vencer na vida”, chegar do trabalho e ir pra faculdade “ganhar instrução”, chegar morta e cuidar de mãe, filho, namorado e o cacete a quatro! Ah! (...) Meu reino por minuto de paz! (...)
Alice quer liberdade de criar e recriar mundos que de tão errados dão certo. Não tem graça ser preso e ficar-se em prisão e esconderijo de si mesmo feito filosofo doido ou criança que não sabe o que quer.
A sua sombra volta e meia lhe diz isso... Ela vem falar sobre suas impossibilidades; mas quanta audácia! Não se diz a Rainha o que pode e o que não se pode; ah, se seu espectro tivesse carne já ia perder a cabeça por tamanha insolência!
Num surto maior de irreverência perguntou-lhe: Seria impossível, ou lhe parecia ser, ao menos impossível juntar todos os pedaços dos nós de calos das mais perfeitas ultrajantes contravenções do certo? Alice pensou... Fez pose de pensador e respondeu: Impossível fazê-lo e ausentar-se da dor da pele, do salgo das impurezas das lágrimas. A doce e malvada decisão de tomar uma decisão...
Ser,
Quais são as questões?
Alice se sente tolhida em sua liberdade, quer cantar, gritar, pular, pintar, sem repreensões ou coisas do tipo. Acostumada a fazer o que quer não agüenta o julgo das algemas que lhe tiram o poder de criar e recriar seu mundo que é toda imagem e semelhança.
De tão peralta e arteira fez um mundo colorido com nuvens de algodão, sol de tinta guache, céu de brigadeiro, chão de alecrim e montanhas de ilusões. E quem vai repreendê-la por isso?
O mundo real não lhe cabe e vice-versa. Esse lugar comum tão sisudo, cheio de “responsabilidade” lhe cobra tempo; e há de se ter tempo pra tudo! Acorda cedo, dá banho em filho e levar pra aula, ir pro trabalho e tentar “vencer na vida”, chegar do trabalho e ir pra faculdade “ganhar instrução”, chegar morta e cuidar de mãe, filho, namorado e o cacete a quatro! Ah! (...) Meu reino por minuto de paz! (...)
Alice quer liberdade de criar e recriar mundos que de tão errados dão certo. Não tem graça ser preso e ficar-se em prisão e esconderijo de si mesmo feito filosofo doido ou criança que não sabe o que quer.
A sua sombra volta e meia lhe diz isso... Ela vem falar sobre suas impossibilidades; mas quanta audácia! Não se diz a Rainha o que pode e o que não se pode; ah, se seu espectro tivesse carne já ia perder a cabeça por tamanha insolência!
Num surto maior de irreverência perguntou-lhe: Seria impossível, ou lhe parecia ser, ao menos impossível juntar todos os pedaços dos nós de calos das mais perfeitas ultrajantes contravenções do certo? Alice pensou... Fez pose de pensador e respondeu: Impossível fazê-lo e ausentar-se da dor da pele, do salgo das impurezas das lágrimas. A doce e malvada decisão de tomar uma decisão...
Ser,
não ser,
deixar de ser,
re-ser...
O tempo de Alice é desvairado e incerto, cronológico, ideológico e de nada. Tempo E=mc2 ou simplesmente simples tempo... Tempo de Alice aliciar-se ou não! Tempo de expandir fronteiras, ir além de seu próprio País de Maravilhas, rever-se, reler-se, reformular-se, reorganizar-se e desconstruir-se muitas e ininterruptas vezes. Seu mundo é seu Mundo, cheio de imperfeições e mazelas que de tanto isso chega à perfeição.
Alice quer criar ordem na mais pura desordem.
O mundo em Alice e Alice no mundo...
E ainda dizem que o pirado sou eu!
* Caros amigos leitores, eis que Alice voltou à ativa e está escrevendo muito! Os trechos em colorido foram tirados dos textos, “Alice: E a Sombra Lhe Disse” e de seu mural “Andam Dizendo de Alice” “E a Conheci em um Telefonema”. Recomendo a todos vocês que a leiam, são textos bárbaros e uma excelente leitura. Acessem:
http://aliceesuasombra.blogspot.com/
O tempo de Alice é desvairado e incerto, cronológico, ideológico e de nada. Tempo E=mc2 ou simplesmente simples tempo... Tempo de Alice aliciar-se ou não! Tempo de expandir fronteiras, ir além de seu próprio País de Maravilhas, rever-se, reler-se, reformular-se, reorganizar-se e desconstruir-se muitas e ininterruptas vezes. Seu mundo é seu Mundo, cheio de imperfeições e mazelas que de tanto isso chega à perfeição.
Alice quer criar ordem na mais pura desordem.
O mundo em Alice e Alice no mundo...
E ainda dizem que o pirado sou eu!
* Caros amigos leitores, eis que Alice voltou à ativa e está escrevendo muito! Os trechos em colorido foram tirados dos textos, “Alice: E a Sombra Lhe Disse” e de seu mural “Andam Dizendo de Alice” “E a Conheci em um Telefonema”. Recomendo a todos vocês que a leiam, são textos bárbaros e uma excelente leitura. Acessem:
http://aliceesuasombra.blogspot.com/
7 devaneios:
Bom dia meu querido, passando pra registrar meu carinho. Vou lá, conhecer a Alice, de quem já gostei pela sua recomendação. Bjão.
Olá, Daniel !!!!
Ser "Alice" nos dias atuais é um grande desafio, afinal, temos de conviver com uma realidade complicada. Antigamente, as crianças, ainda, tinham o luxo de viver no "país da maravilhas", mas, hj, a maioria das crianças não tem mais esse privilegio, pois são precocemente informadas de fatos que deveria ser resguardados aos adultos.
As crianças modernas perdem suas ilusões muito cedo....deixam de acreditar em papai noel e coelhinho da pascoa com 6 anos de idade; com esses msm 6 anos, as crianças começam a ter uma visão do mundo consumerista (elas começam a entender que, para ganhar presentes, precisam ter dinheiro). Vejo tantos infantes preocupados com as catastrofes que a tv anuncia; infantes que, em tenra idade, já sabem o significado de efeito estufa; infantes que, msm antes do 14 anos, já trabalham para ajudar no sustento da familia. Enfim, estamos vivendo em uma sociedade que, praticamente, extinguiu o conceito de "país das maravilhas". Se nós optamos por ser uma espécie de "Alice" durante um dia no intuito de nos livrarmos momentaneamente do estresse, somos taxados de alienados. Resumo: não temos o direito de ser felizes, de devanear, de criar lindas histórias, de sentir a brisa solar contra o nosso rosto, de aproveitar o por do sol, de observar o desabrochar das flores. E não temos esses privilegios pq o mundo está com pressa, pq o tempo está escasso e precisamos trabalhar cada vez mais, pq as preocupações nos acompanham até durante os nossos sonhos.
A verdade é que viver tal e qual a "Alice" é um privilegio destinado a poucos.....infelizmente, é assim pq seria tão melhor se pudessemos dedicar um dia da semana para sermos tão felizes qnt a "Alice no país da maravilhas".
um abraço !!!!!
adorei o texto !!
Alice agradece e fica intensamente lisonjeira pela homenagem.
Alice
(www.aliceesuasombra.com)
Daniel,
Amigo, irei acompanhar o link. Gostei do texto.
Abraços e uma ótima quinta.
Aqui é tudo de verdade, a vida...paz.
Gostei da indicação, bem, eu fiquei em dúvida quanto a ser ou não ser Alice. Sério. Eu não me ligo a tempo, realidades, embora caminhe entre os "mortais". rs
Gosto desse rico universo dessa sala onde as palavras são mais importantes e os devaneios humanos as vezes são desnecessários, mas como disse Baudelaire, as vezes é preciso ser humano e sentir as coisas humanas para que as experiência seja alimento das palavras.
Enfim, vou lá descobrir mais sobre essa Alice. Beijos
Alice dos dias atuais é uma verdadeiro sonho. Bonito, mas "um sonho".
Abraços
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