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domingo, 7 de março de 2010

PREÂMBULO*


Já são quatro e quarenta e sete da madrugada e ainda estou debruçado sobre a escrivaninha querendo rabiscar algumas palavras. Não que eu seja um exemplo de eloqüência, aliás, muito pelo contrário! Lembro-me da cruel dificuldade de fazer seminários de escola...

É que de uns tempos pra cá palavras fervilhão em minha cabeça; também, um amigo vez ou outra diz, “Euclides, vou tem tantas histórias incríveis, por que não escrever um livro?”. E eis que agora estou a essa hora da madrugada tentando anotar algo de minha vida nessas páginas brancas...

E tenho que informar a vocês que por acaso ler essas linhas algum dia, que foi difícil começar fazer isso aqui, pois é difícil nos descrever! Confesso que sinto certa inveja de alguma pseudo-celebridade que contratam ou vê jornalistas escrevendo biografias de si, e essas histórias de vida são tão recheadas de coisas interessantes... Há relatos que agente lê que nos soltam à vista, como se fossemos nós a viver tudo aquilo.

Daí a minha preocupação inicial, de tentar fazer algo que resuma aquilo que sou, sem férulas, enfeites ou qualquer coisa do tipo! (...) Afinal, um homem que já passou dos cinqüenta não pode nem tem mais saco de fantasiar fatos da vida, primeiro porque sabe que não é verdade e pior que mentir para os outros e mentir para sim, segundo, que tal coisa nos deforma, nos aleija, nos transforma em móbiles de nós mesmos.

Posso inicialmente lhe dizer que eram vinte e uma horas quando deixei de jogar xadrez com o Alberto para iniciar essas pacas palavras. Mas não perdi grande coisa, Beto tem raciocínio lento e já cansei de ganhar dele! Contudo caros amigos peço-lhes paciência para com ele... Esse cara tem parte de coisas interessantes na minha vida, já que nos conhecemos desde os treze anos de idade quando minha mãe mudou-se do bairro de São Francisco e nos levou para o Mecejana, mais isso é para uma outra hora.

É isso... Esse é meu preâmbulo, que segue sem rimas ou exaltação de mim e de meus atos. Tentarei não ser chato nem lhes entediar... Se bem que o mais provável é que essas páginas fiquem largadas numa gaveta de uma escrivaninha qualquer esperando quando de minha morte for amontoada e jogada no lixo e parar no lixão lá no Bela Vista...

*Como todos podem perceber mudei Euclides. Seguindo idéia dada por um amigo, o deixei com cinqüenta anos e escrevendo um livro de memórias. Não haverá ordem cronológica e tentarei dá o máximo de coerência a ele. A perspectiva da narrativa de Euclides seguirá em primeira pessoa, numa ótica de lembranças e ponto de vistas daquilo que ainda virá em sua vida. Espero que gostem.

10 devaneios:

Sonia Pallone disse...

A inspiração é uma faca de dois gumes...Ou ela nos preenche tanto que derrama, ou nos deixa morrer a míngua feito retirante no sertão... Bjs meu lindo, obrigada pelo perfume que vc sempre deixa no Solidão.

Aninha disse...

A inspiração por muitas vezes me abandona. Fico horas olhando para a tela tentando escrever algo, mas nem um simples beaba consigo digitar. É a primeira vez que venho por aqui e peço licença para voltar mais vezes. Abraços e boa semana pra vc.

Neto disse...

É chato quando a gente, após uma bela caminhada pela praia e a vista de uma linda natureza, descobre que tem mil e uma ideias fervilhando na cabeça e não tem nenhum papel sequer na mão para anotar umazinha só. E aí, mais tarde, na solidão do quarto, vem aquela tela branca do word querendo buscar no fundo de nossa memória aquelas lembranças bonitas e as ideias. Mas, o que houve? Arquivei e agora apagou? Não consigo lembrar-me mais de nada...

Pô! Isso faz-me lembrar daquele poeta e filosofo grego de nome... de nome... de nome... Ah! deixa pra lá!...

Bom. Mas ele dizia o seguinte "nosso cérebro é um depósito de ideias maravilhosas, mas não podemos confiar na memória, pois na hora que mais queremos, ela nos trai. Esquecemos de tudo.

Foi por aí!...

he he... Daniel, depois desse meu pequeno lapso de escritor, as vezes não é coincidência. Essas coisas acontecem. rs

Abraços, parceiro!... E esperando a biografia "bomba" desse tal de Euclides :-)

Neto disse...

Manda teu texto pra mim quando quiseres! No mesmo email de antes! :-)


Obrigado por aceitar!

Carol disse...

Gostei desse novo Euclides, e da maneira que ele ta escrevendo...
Vai fundo que ta indo bem... rsrs
Como sempre um otimo texto..
Bjs

ONG ALERTA disse...

Precisamos dar um tempo para tudo na vida...distrair...depois pensar...calma tudo tem hora...paz.

Neto disse...

Daniel

Uma representante do governo, a Fernanda, esteve lá no meu blog e respondeu pra você no post em que divulgamos fatos sobre a AIDS. Ela pede que você aceite a campanha dela. Abraços.

Post foi este aqui:
AIDS: o vírus é esperto e se esconde

Lunna disse...

E onde está o antigo Euclides, fiquei curiosa agora em apreciar essas mudanças feitas por você.
Eu também estou escrevendo uma história no meu blog www.lunnaguedes.wordpress.com
Estou publicando em formato de capítulos. Beijos

Camilla K. Boyle disse...

Inspiracao, pode ser traicoeira de vez em quando, principalmente quando nos abandona quando mais precisamos dela

. fina flor . disse...

que a viagem de Euclides seja recheada de bons devaneios, querido.

sorte e força, aí!

escrever é um exercício que requer abandono de si, difíííícil, mas não impossível

beijocas e bom fim de semana

MM.

BOO-BOX!!!

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