A rua molhada de água que caíra do céu.
O rosto pingado de esperança que eram refletidas pelas poucas luzes dos postes que insistiam em se ligar...
Os passos em lentidão dedilhavam a calçada que respectiva se oferecia. Não queria a companhia de seu ninguém! Apenas a solidão que caudalosa ao seu lado estava...
Quem seria este louco?
O que fazes tão cedo (ou tão tarde) na rua?
O sol nascendo na praia desenhava uma paisagem lindíssima! (...) Era interessante observar e vê as pessoas nas paradas de ônibus prontas pra labuta; a dona Preta do café da manhã preparando sua barraca de tapioca; o cão preguiçoso se espreguiçando e levantando; os lixeiros carregando o lixo; os garis limpando a praça e o bêbado caído na sarjeta...
As pernas cansadas do batido o carregam para frente de seu hotel de luxo; seu carro de luxo; seu trabalho de luxo; sua mulher e filhos de luxo... E sua luxuosa solidão de um peito vazio de ter tudo e nada...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
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escritos de
DANIEL MORAES
às
18:00
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Em alguma hora da noite
2 devaneios:
É, amigo, isto é o retrato da noite, que também pode ser um retrato da solidão.
As vezes, a pessoa pode ter tudo, e não ter nada.
Desde que esse "nada" seja, na verdade, o "tudo" que ele queria ter.
Ao meu ver, é apenas o resultado da inabilidade dele mesmo.
Abraços Daniel!
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